Hoje de madrugada teremos mais uma sessão de disputa para pole position na Fórmula 1. Não sei se é por falta de talento, equilíbrio das equipes, ou até mesmo as regras aplicadas de forma tão protecionistas, que acabaram “estragando” o que foi a mais competitiva e atrativa modalidade do automobilismo mundial.
Ver um Fangio pilotando sua Ferrari, que desliza bruscamente em direção ao um obstáculo, e subitamente é domada com destreza e elegância, seguindo firme em busca de mais uma vitória da escuderia vermelha. Sem deixar de lembrar de uma geração extremamente talentosa, que unia o seu talento de como um, Jackie Stewart, Emerson Fittipaldi, Niki Lauda, James Hunt, Mario Andretti entre outros, à então uma nova geração de carros, onde se aplicava “pacotes” revolucionários de mecânica e aerodinâmica.
Passando por uma outra geração vitoriosa, se vê um “certo” Piquet, visto por muitos como um “ranzinza”, mas extremamente eficiente e cheio de garra. Estafado controla seu carro avariado e cruza a linha final, coroando seu esforço fenomenal, mesmo lutando nesta corrida providencial, com pilotos igualmente capazes e talentosos, que deixaram na história seus sobrenomes estampados em qualquer texto referente. Rosberg, Senna, Mansell, Prost..., eram todos protagonistas, que alternavam vitórias, ultrapassagens geniais e belos espetáculos memoráveis, para um deleite mundial.
O início da queda deste espetáculo automobilístico, que levou milhares de pessoas a antecipar seu merecido repouso aos domingos, onde se espreguiçavam pela manhãzinha diante da TV “espalhados” em cima de um sofá. Atualmente tudo mudou e vem desagradando várias pessoas, seria a iniciativa de apostar somente em um protagonista e não viabilizar um segundo piloto, o início deste retrocesso. Em um campeonato na atualidade, se aponta um ou dois pilotos em condições de conquista, se viermos a ser um pouco mais otimistas, ou até torcendo para isso, pelo menos um terceiro piloto daria um pouco mais de emoção, a estas corridas entediosas.
Perdemos a essência e a finalidade do que é uma corrida de F1, uma disputa de vinte e poucos carros em busca de um objetivo maior que é a vitória, o culto a profissionais dignos e capacitados de talento, que deixam seu nome afixado na mente de gerações, assim como uma disputa de posição onde regras não travem o talento, segurança é primordial, sim, mas o risco eminente é de fato necessário neste tipo de esporte, assim como ao que não se tem volta, a permissão e o avanço de novos pacotes tecnológicos, bem como a liberdade de criação de um todo, afinal grande parte desta aerodinâmica, mecânica e tecnologia, são expostas, testadas, aperfeiçoadas e aprovadas na modalidade, para posteriormente ser disponibilizadas e consumidas por todos nós, um modelo veicular cada vez mais adequado e atraente.
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