terça-feira, abril 19, 2016

DEPOIS DA ERA CENI

Não temos dúvidas do quanto foi importante a figura Rogério Ceni no São Paulo, extremamente vencedor em 25 anos de carreira no São Paulo F. C., foram, 3 Campeonatos Paulistas, 2 Libertadores, 2 Recopas, 1 Mundial de Clubes, 1 Copa Toyota-Japan, 1 Torneio Rio-São Paulo, 1 Super Copa, 1 Copa Conmebol e 1 Copa Sul-Americana, ainda que para um goleiro, fez mais gols que muitos artilheiros espalhados por aí, foram um total de 132 gols marcados, distribuídos na seguinte forma, 61 gols de falta, 70 gols de pênalti e ainda 1 gol de bola rolando. Vencedor trouxe muitos benefícios ao tricolor, mas também os deixou acomodados, a ponto de não notarem que era preciso um planejamento para a sua eminente aposentadoria, afinal um dia ele teria que “pendurar suas luvas” e então assim, já deveriam ter um goleiro jovem de talento promissor, pronto para assumir o posto no dia seguinte, à saída de Ceni.

O próprio Rogério foi preparado para ser titular, assim que houvesse a convocação para titularidade, apesar que na época, Zetti era o grande titular, e quem estava sendo preparado para ser o seu sucessor, era o competente Alexandre que não teve tempo de realizar seu sonho, pois veio a falecer em um acidente automobilístico, detalhe assim como Rogério, Alexandre tinha muita habilidade com os pés. Com a morte de Alexandre, Ceni então passou a ser uma das opções ou então a melhor opção, para o lugar de Zetti, o que aconteceu em 1996 e assim se Zetti se transferiu para o Santos.

Com Ceni se destacando e “não deixando de roer o osso”, vários jogadores de bom potencial ficaram a espreita e prontos para dar o bote, assim que Ceni “cochilasse”, só que Ceni dormia com um olho fechado e outro aberto, pronto para morder se preciso e resguardar seu precioso osso, a titularidade era sua e ninguém a levaria. Foram vários goleiros em prontidão, mas apenas dois, em especial tinham realmente capacidade para brigar de igual com Rogério, Bosco e Roger.

Com a acomodação da diretoria, e como não deixaram uma revelação pronta para este momento, a titularidade caiu então no “colo” do regular nota 4,5, Denis, reserva imediato de Ceni. É notório que ele não é daqueles goleiros em que um zagueiro acuado, olha para trás e se tranquiliza, com a segurança que seu goleiro transmite, pelo contrário, a impressão é de que sempre quando uma jogada é realizada por aquele setor do campo, uma sensação estranha de impotência e incapacidade, envolve e é transmitida para toda a equipe e torcedores.

Por isso diretoria, a única forma de afastar essa sensação no momento, é colocar a mão no bolso e contratar um goleiro de atitude, com grande potencial e que transmita segurança, não adianta tentar recuperar um Ganso, apostar em um Calleri ou xingar um Kardec. Já ouviram falar da expressão, para uma boa organização comece pela “cozinha”, ou seja, lá atrás na zaga, provavelmente seria o mais adequado neste momento. Comece com o seu “guardião”, e que ele guarde as redes de bolas astutas, a fim de que elas não ultrapassem a linha demarcada, e venham a estufar as redes tão protegidas, o contato nem sempre é com violência, mas sempre se acomodará confortavelmente lá no fundo, à espera do gesto de seu resgate, o que vem cansando pela constância o “esforçado” e incapaz Denis. Ao recuperar tal símbolo momentâneo de mais um fracasso, impõem velocidade no seu posicionamento, em busca de um reinicio rápido, procurando não deixar por ser descrito, escrito e propagado mais um revés, a ser intitulado.

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