Em meio de muita desconfiança e questionamentos, um fato me chamou a atenção, Cristóvão Borges é o primeiro negro a dirigir uma das equipes mais populares deste planeta. Não tem como negar que com um simples registro ocular, se vê e constata, seja em estádios ou no dia a dia de cada um, vemos um corinthiano de muitas facetas, trazendo consigo indicativos que os tornam identificáveis, seja uma camisa, boné, jaqueta ou qualquer outro tipo de objeto.
Corinthianos “multicoloridos”, fazem desta torcida uma das mais diversificadas em relação à classificação racial, seja neste país ou em qualquer outra parte do mundo. É duro admitir, mas mesmo para este aqui vos escreve, que também passou e passa por diversidades, mesmo possuindo meios para tanto, seja com uma graduação ou um talento muitas vezes elogiado, porém não exerce sua profissão pela carência de oportunidades.
É comum e até rotineiro em cargos de alto nível a escassez de negros, acompanhamos a pequena mudança que houve em relação, cujo ainda é muito abaixo do ideal, pela quantidade e variedade que há disponível. Até pouco tempo atrás a raridade de se deparar com representante afrodescendente era quase nula, há muitos obstáculos a serem superados, constrangimento para quem carrega consigo, uma pigmentação um pouco mais escura que o ideal formulado.
É uma pena que com muitos candidatos como Cristóvão, não cheguem nem perto de onde ele iniciará sua história corinthiana, nesta segunda feira 21/06/2016. Quantos talentos ficam pelo caminho pela disputa árdua que enfrentam e são vencidos, não por sua persistência em lutar por aquilo que sonha, mas pela condição que sufoca e suportar o quanto puder, derrubado é levado a trilhar outros caminhos, que não o deixa com outra alternativa, em busca da sobrevivência.
Seja bem-vindo Cristóvão Borges, que você seja um exemplo a seguir, que construa história digna neste clube, símbolo de miscigenação, cultura e diversificação monetária. Mesmo que não tenha o sucesso do seu antecessor, que seja o introdutório de uma nova maneira de se pensar, que todos possam deixar de lado está bobagem de avaliação monocromática mundial.
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