É inevitável não apontar a goleira Bárbara, como a grande responsável pela classificação da seleção feminina de futebol, para semifinais desta olimpíada. Contudo, poucas pessoas se lembram que Bárbara, era para esta no banco de reservas se não fosse por um “simples” fato, Luciana Dionízio goleira do Rio Preto e até então titular absoluta, não foi convocada para defender a nossa seleção, apenas figurando em uma lista de suplentes em uma eventual precisão.
Luciana foi acusada de estar envolvida em uma “suposta” entrega de jogo, entre Rio Preto e Flamengo, o time carioca acabou conquistando o brasileiro. Procurada pela imprensa Luciana decidiu ficar em silêncio.
Diante deste episódio, Bárbara herdou a titularidade, dona de um estilo viril que me lembra o de Ronaldo Giovanelli, não ameniza nem com as companheiras de time, quando tem que ser um pouco mais “firme”, para que elas se atentem as jogadas que rondam a sua defesa.
Ontem em um jogo muito disputado, com chances perdidas pelas duas equipes, onde ambas as goleiras tiveram grandes momentos na partida, realizando ótimas defesas e deixando as adversárias estupefatas a cada lance perdido.
Com o empate se mantendo também na prorrogação, os inevitáveis pênaltis chegam e tudo poderia acontecer. Mesmo as americanas apontadas como as grandes favoritas para levar a medalha de ouro, “caíram” nos pênaltis diante das suecas, a goleira norte americana Hope Solo não precisa mais se preocupar com a “Zika”, pois logo estará de volta ao seu país.
Nos pênaltis a precisão foi contínua, até chegar na vez da grande estrela do Brasil, Marta, com a mesma calma de sempre, se aproximou da marca de pênalti, ajeitou a bola, e esperou a autorização para que finalizasse a cobrança, após cobrar e perder, foi intenso e marcante o seu contido desespero, até se posicionar com o restante da equipe na linha central do campo, deve ter passado em sua cabeça um monte de conclusões tamanha sua tensão, mas para sua felicidade e a de todos nós, Bárbara defendeu o chute que poderia dar a Austrália a vaga para outra fase.
Os pênaltis continuariam agora alternados, mais tensos pois quem perder agora ficaria mais perto da derrota, depois de outras duas cobranças corretas das brasileiras, a zagueira australiana cobrou e parou nas mãos de heroína da noite Bárbara. Agora que venha as suecas novamente, rumo a mais uma final olímpica.
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