quinta-feira, setembro 29, 2016

NÃO SOMOS EUROPEUS, SOMOS BRASILEIROS!

Quando nos apoiamos em histórias, mais do que viver a própria realidade, é que estamos perdendo a essência daquilo que nos move, infelizmente está sensação de perda acompanha o presente do futebol brasileiro.

Ao se contar histórias de jogadas, gols, dribles, ou até mesmo uma simples presença em um evento pouco difundido, porém marcante e propenso a ser propagado, pelo instante registro em vida. Se o momento é individual sempre e disposto em conversas, familiares, entre amigos ou até mesmo em uma fila de banco, com um mero desconhecido, é prazeroso as vezes até hilário, repartir o momento em que o meu centroavante perdeu um gol “feito” debaixo da trave, “este até minha mãe faria”, ou contar que não é meu time, porém tenho que dar o braço a torcer, o deslocamento de milhares de pessoas para outro estado, para acompanhar uma “simples” partida de futebol, foi incrível ver isso!

Registros cada vez mais procurados e apreciados, diante de uma ferramenta ao alcance de milhões, ver a história com apenas poucos “cliques” é uma realidade. Além da apelativa a bibliografia de um time, para que em película conte sua história, pois está cada vez mais pobre e menos impactante, quando se alcança o título tão esperado no presente.

Fica a grande pergunta, vale a pena a luta em busca de planejamento voltado para um poder financeiro inesgotável, sufocando o improviso e o aquecível, deixando de colher o fruto na sua própria horta, onde neste pais a terra é indiscutivelmente fértil. Estão errados os que dizem que somente em Santos se colhe frutos de qualidade, tipo exportação! É que em Santos diante de uma dificuldade fez com que a colheita em sua horta, fosse a única saída então para se manter em pé, e assim se tornou solução.

Diante disso, mesmo vendo a horta do vizinho capaz de suprir suas necessidades, os outros não procuram usufruir um pouco mais de sua colheita, muitas vezes perdendo parte dela, por não usar aquilo que planta, mesmo tendo a mesma capacidade de preencher suas necessidades assim como os santistas, não dão o devido valor para o que tem à disposição. Deixam de lado a praticidade e economia, para se aventurarem com custos altos, na busca de algo “melhor”, será! O que procuram está a disponível e plantado ali, no seu próprio quintal!

Dirigentes de clubes de futebol do nosso “querido” Brasil, plante, regue, cuide com carinho de sua “horta”, pois ali está seu sustento e de onde se retira o que se manter. Não precisa que algum cuide desta horta, cuide com as próprias mãos, só assim ficará livre de ervas daninhas que procuram se apoderar desta horta, são pessoas que só procuram ganhar, nem imaginam doar ou se sacrificar por amor ao seu clube.

Lembrem-se! Grande parte das histórias são feitas com os frutos colhidos no próprio quintal, onde seus maiores apreciadores, torcedores, tem orgulho disso, nada melhor do que ver o que se plantou vir a ser um dos mais apreciados no mundo. Status de uma “vitrine chique” e ostentação aparente, talvez não seja o que realmente importa e sim, um “belo” jogo (algo cada vez mais raro hoje em dia). Vitória, empate ou até mesmo uma derrota, diante de um espetáculo magnifico, é o que encanta a todos que realmente amam o futebol.

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